Tuesday, September 26, 2006

TER E NÃO TER

Posso procurar o impossível
Percorrer labirintos sombrios
Descortinar o oculto
Saborear o mel da vida
Encontro o invejável
A inveja que me invade
De poder e não ter
De ter e não poder
Tocar em teus lábios
Sentir teu olhar
Abraçar tua bravura
Realçar teus traços
Beijando tuas imagens
Sacio meu espírito
Vazio está meu corpo
Secando com sede de ti….
Necessito de vida
Com sabor de teu suor
Puramente bebido
Em teus braços….
AMO-TE
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LIZ,SETEMBRO de 2006

Wednesday, August 02, 2006

PURA SENSIBILIDADE

s

Se copiar eu quiser
O mais lindo dos poemas
Devo usar pró escrever
Em vez de canetas, penas

Com isto quero eu dizer
Mas não me levem a mal
Que se lhes querem dar prazer
Usem o material ideal


Num mundo com harmonia
Cada homem deve ter
Um sonho, uma fantasia
Prazeres e arte pró viver....
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LIZ,AGOSTO de 2006

Tuesday, June 27, 2006

DRAMA DA VIDA

Para descobertas parti
Fui em busca da utopia
Meu navio era um sonho
Movido pela fantasia
No oceano da vida
Uma sereia ouvi cantar
Curioso e ingénuo
Deixei-me logo encantar
Desde sempre avisado
Para sereias evitar
Julguei-me forte e diferente
Mas logo mudei de ideias
Pois logo que me encantou
Para o fundo me arrastou
De onde é difícil escapar…
Tarde demais entendi
A dor mo fez descobrir
Que o canto de sereia
Me estava a destruir
O cantar se transformou
Em gemidos de angustia
De me afundar nesse horror….
..
junho de 2006

Monday, April 17, 2006

PEQUENO ANJO


Pequeno anjo não voava
Enraizava terror pelo vento
Pânico do desconhecido
Sonhava apenas voar
Bater no infinito…
Via estrelas reluzentes
Onde nunca poderia tocar ..
Pequeno bater de asas
Eram suficientes para pairar
No limite da razão
Do seu pequeno ser…
Precisavas apenas de uma mão
De um pulso forte
Capaz de desvendar seus sonhos
Alguém que prenunciasse
“És capaz”
Encontrou-o na coragem
Bateu suas pequenas asas
No sorriso do universo
Sentindo o sabor do vento
Por entre suas tenras penas
Sobrevoou sonhos
Caminhou através das estrelas
Soltando paz e alegria
Que pairava em seu INTERIOR…….
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LIZ, ABRIL de 2005

Thursday, March 16, 2006

APENAS EU

Sentada na rua grito
Ecos de minha alma
Serão dor ou tormento?
Será mera imaginação?
Noite escura e chuvosa
Desaba o céu em lágrimas
Caem as estrelas, os sonhos
Rola o anel da felicidade
Carregando horas difíceis
Momentos de loucos prazeres
Beijos nas horas de saudade
Fidelidade oferecida eternamente
Quebra-se o espelho transparente
Em mil pedaços despedaçam
Cada vidro é a verdade
Cada pedaço de mim….

Apaziguadamente
Desaparece a tempestade
Vem subitamente a bonança…
Abro página de novo livro
Sou força de mulher
Com garra de viver…
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LIZ,16 de MARÇO 2006

Friday, February 10, 2006

PEDRA LAMINADA

Cada pedra tem seu gume
Esquinas por lapidar
São negras ou brilhantes
Frias como a noite
Tentar desvendar sua beleza
Encontramos algo misterioso
Somos deparados com a vida
Com corações de pedra
Frieza nas veias
Palavras indolentes ...
Escrúpulos são mirados
Num espelho sem reflexo
Onde a miragem sem volta
Desnuda ira e preconceitos
Afiados como laminas….
Olhos brilhantes de ilusão
Vertem raiva e dor
Como um simples coração
de PEDRA
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LIZ,FEVEREIRO de 2006

Friday, January 27, 2006

PROVA DA DÚVIDA

Quando se acredita em algo
Acreditamos na vida
Acreditamos no nosso ser
Somos cegos pela realidade
Acreditar não é pecado
Apenas uma forma de viver
Fidelidade ou insignificância???
Verdade ou mentira?????
Ser ou não ser?????
São os factos da vida real
Que tão brutalmente nos enfrenta
Que fazem da vida um dilema…
Enfrentamos tudo e todos
Por uma verdade incrédula
Construímos muralhas
Para podermos ser ouvidos….
Na virgindade da verdade
Á sempre rompimento
Pois cada ser procura
A verdade em si
A confiança no próximo
A liberdade de acreditar….
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LIZ, JANEIRO de 2006

Tuesday, January 10, 2006

APENAS TU.......



Da tua boca tenho sede
Teus beijos húmidos desejo
Dos arrepios em minha espinha
Frios e ardentes como fogo
Sem fôlego galgava teu corpo
Aclamava toques impiedosos
Teus dedos eram a caneta
Para descrever meu corpo
Eram lâminas afiadas
Para rasgar minha roupa
Tuas palavras eram silêncio
Vertidas com gemidos
Sussurrados em meus ouvidos
Vertia suores frios
Límpidos como a água
Neles reflectia minha alma
Transparente e realizada….

LIZ, JANEIRO de 2005