Wednesday, October 26, 2005

ENIGMA

Que coisa é esta que fica escorrendo nas paredes do tempo?
Se fica infiltrando nas fendas de nossas almas
Que coisa é esta?


Que coisa é esta que fica ecoando dentro de nossos pensamentos?
Se fica jogando dentro de nossos sonhos
Que coisa é esta?


Que coisa é esta que fica girando em torno de nossos dias?
Se fica alimentando e alimenta as nossas fantasias
Que coisa é esta?


Que coisa é esta que nos faz sorrir, gritar, chorar ou dançar?
Se fica banhando no nosso prazer, ou na nossa dor
Que coisa é esta, o AMOR????

Artur Lopes 26-10-2005, Zurich

Monday, October 24, 2005

SAUDADES DE TI


Terror e dor
tantas lágrimas de saudade
Gritos dirigidos á injustiça
Vendo partir quem amamos
Para uma viagem sem termo
Sente-se um vazio constante
Uma impotência extrema
Que nos leva á loucura
Que nos consome o íntimo
Que nos afronta, nos destrói a vida
Mas bem lá fundo receio
Que sou estupidamente egoísta
Em pensar ter comigo uma pessoa
Quando ela está em sofrimento
Hoje relembro tua imagem
Olhando as estrelas reflectirem
O brilho do teu olhar
Que demonstrava teu carinho
Sentimentos nobres e rebeldes…
Mas sempre de amor .


(esta foi a maneira que encontrei para aliviar esta impotencia)

LIZ, OUTUBRO de 2005

Tuesday, October 11, 2005

SEM ESCRUPULOS



Quando se põe o sol
Aparece vinda do nada
A vida desumana e obscura
Esconde a face repelente
Vendem alma e corpo
Por amaldiçoados tostões
São abusados e massacrados
Até ao limite da estupidez...
A pobreza leva á prostituição
O vicio ás loucuras extremas
Cada mente sem escrúpulos
Vive da sua desgraça e medos
Cada rico fica envaidecido
Por meramente sentir prazer
De Violar a inocência
De um adolescente ou criança
Que sem pensar e com necessidades
Vende seu corpo e alma….
.
.
LIZ,OUTUBRO de 2005

Monday, October 03, 2005

TER E NÃO TER


.
.
Deixei de ter com quem falar
Fiquei sozinha com meu olhar
Olhando para o horizonte
Vejo a distancia que nos separa
Que me faz tão vulnerável
Do longe se faz bem mais perto
Viajando através da saudade
Sentindo que o tempo corre incerto
Ouvindo sons que só eu sei entender
Sorrindo parto para outro lugar
Para dentro do meu ser
Acorrentando novas sensações
Algemando meu coração
Trancando minhas lágrimas…
Perco-me em imagens autênticas
Abrindo meu pensamento
Fujo com medo da angústia
De nunca mais te beijar
Num momento de solidão total
Encontro-te em nossos lençois
Num aconchego soberbo
Entrego-me em sonhos
Afagando minhas infinitas carências
Embebidas em sabores ardentes…

LIZ, OUTUBRO de 2005